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Disfunção Temporomandibular


O que é Disfunção Temporomandibular (DTM)? 

 

ATM significa articulação temporomandibular. Esta articulação é responsável por todos os movimentos que você faz com a boca, existindo uma em cada lado (em frente de cada orelha). As doenças desta articulação e dos músculos que fazem esses movimentos da boca são chamadas de disfunções temporomandibulares (DTM). Esta é uma doença que causa sofrimento a milhões de pessoas ao redor do mundo, diminuindo a qualidade de vida e restringindo o convívio social. Um dos sintomas mais comuns da DTM são as dores de cabeça. Muitos pacientes apresentam este sintoma e não sabem que possa ser causado pela DTM.

 

Embora atinja milhões de pessoas no mundo inteiro, a DTM é uma doença pouco conhecida. São lesões causadas por movimentos desnecessários que fazemos com a boca, hábitos como: mascar chicletes, roer unhas, morder gelo, etc. O bruxismo, que é o ranger dos dentes que algumas realizam ao dormir, também é um dos principais fatores que causam DTM. O treino para a eliminação desses hábitos, ou a proteção dos dentes e dos músculos para os que apresentam o bruxismo, pode ser a chave para o alívio dos sintomas da disfunção.

Segundo estudos recentes, a incidência mundial de DTM é de 3% da população ao ano. Apesar de ser uma incidência baixa, a duração da doença é longa, fazendo com que haja um grande número de pacientes. Uma questão intrigante é que as mulheres em idade fértil são as mais acometidas pela doença, cerca de nove mulheres para cada homem. Atualmente, tem sido observado um aumento dos casos de DTM em adolescentes e crianças.

O paciente com DTM geralmente é um doente crônico que demora anos para buscar tratamento. Como os sintomas são muito subjetivos e podem estar ligados a outros problemas médicos (depressão, problemas otológicos ou reumatológicos), o dentista, muitas vezes, é o último profissional da saúde a ser procurado. 
 

As formas de tratamento
 

Embora se trate de uma doença que pode causar dores de cabeça terríveis durante anos, o tratamento para esta doença, quando bem diagnosticada, não apresenta maior dificuldade. Com uma avaliação clínica bem realizada, que conste de técnicas específicas de diagnóstico, nas quais o especialista em DTM irá explorar e analisar de uma maneira ordenada as queixas de dor de cabeça do paciente, recomendando o tratamento necessário não só na sua área como também encaminhando o paciente para outros profissionais.

Geralmente o tratamento é simples e conservador, feito por meio de terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular, controle da ansiedade e depressão. Na maioria dos casos é necessária a interação de uma equipe multidisciplinar para o melhor entendimento e condutas específicas nas áreas de: neurologia, psicologia, reumatologia, otorrinolaringologia, endocrinologia e fisioterapia. O especialista em DTM deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação e encaminhando o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outro profissional de saúde. Só após a avaliação conjunta e simultânea, será realizada a terapia.

 

Sintomas mais comuns que o paciente pode apresentar:

 

• Dores de cabeça (freqüentemente parecidas com enxaquecas);

• Dor de ouvido ou ao redor, dor e pressão atrás dos olhos;

• Um “clique” ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca;

• Dor ao bocejar, ao abrir muito a boca ou ao mastigar;

• Mandíbulas que “ficam presas”, travam ou saem do lugar;

• Fadiga (cansaço) nos músculos da mastigação;

• Uma brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam;

• Bruxismo (ranger dos dentes);

• Alguns tipos de zumbido;

• Cervicalgia referindo dor para a face.
 

Perfil dos pacientes portadores de DTM:

Tanto os homens quanto as mulheres são vítimas de DTM, no entanto, 90% dos que buscam tratamento são mulheres na faixa etária de 15 a 45 anos. Um grande número deles relata uma verdadeira “via sacra” a procura de tratamento e, o pior, continua levando uma vida acompanhada de suas dores.

No aspecto psicológico observamos algumas características em comum, como: dificuldade em dizer não, delegar tarefas aos outros, dedicar um pouco de tempo para si, ter algum hobby, impor limites aos outros, não se sobrecarregar, etc.

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